"Eu estive num governo minoritário e não me dei mal"
Maria de Belém, que esta terça-feira anunciou a sua candidatura às presidenciais, comentou o atual impasse que se vive atualmente no Palácio de Belém, em relação ao primeiro-ministro que deve ser indigitado.
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Política Maria de Belém
Maria de Belém esteve esta noite de terça-feira no 'Jornal das 8', da TVI, no mesmo dia em que anunciou a sua candidatura à Presidência da República.
Judite de Sousa começou por fazer ‘a pergunta do milhão de euros’: com que partido formaria governo se estivesse na situação de Cavaco Silva? Maria de Belém respondeu sem responder concretamente, remetendo o ónus da decisão para a Constituição da República.
“A Constituição da República é um guião dos comportamentos do Presidente da República, e é relativamente clara em relação aos poderes para nomear um primeiro-ministro”, esclareceu.
A antiga ministra sublinhou que o Presidente da República pode nomear discricionariamente o primeiro-ministro em função dos resultados eleitorais e consultados todos os partidos, escusando-se a tecer opiniões mais a fundo.
“Seria atrevido opinar sobre algo de tamanha importância sem ter algo de concreto na mão”, sustentou, indicando, no entanto, que ainda é muito cedo para ser tomada uma decisão uma vez que Cavaco Silva ainda não ouviu todos os partidos.
Maria de Belém não quis, ainda, comentar a atuação do atual Presidente da República, defendendo a sua precaução no exercício de tomada de decisão. Relembra a socialista que “um dos aspetos que mais criticaram no atual Presidente da República foi ter indigitado um governo minoritário, no caso de José Sócrates”.
“O Presidente da República está em funções e eu não vou contribuir com os meus comentários para enfraquecer” as posições que possa tomar, indicou a candidata às presidenciais.
Maria de Belém defendeu, ainda, que um governo minoritário não é necessariamente mau. “Eu estive num governo minoritário e noutro empatado e nunca me dei mal”, adiantou.
“As maiorias absolutas tendem a perder aquilo que é absolutamente essencial em democracia que é a concertação”, afirmou, sustentando que “a maioria absoluta não pode ser um poder arrogante, deve ser um poder negociado”.
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