Meteorologia

  • 23 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 13º MÁX 24º

Portas volta a marcar presença na feira empresarial de Moçambique

O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, é esperado na segunda-feira na inauguração da Feira Internacional de Maputo (Facim), que na sua 51.ª edição terá uma participação acima das cem empresas portuguesas, mas também uma forte presença de Itália e França.

Portas volta a marcar presença na feira empresarial de Moçambique
Notícias ao Minuto

11:06 - 29/08/15 por Lusa

Política Facim

Segundo dados da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), o pavilhão temático português contará com 42 empresas, abaixo das 50 do ano passado, a que se junta um número incerto, mas na ordem das dezenas, noutros espaços de exposição do maior evento empresarial moçambicano.

As empresas inscritas no pavilhão português representam uma grande diversidade de setores, como produtos alimentares, equipamentos metálicos, papel, têxtil e vestuário, materiais de construção, metalurgia, construção, transportes e tecnologias de informação.

Além de Portas, que visita a Facim pela quinta vez consecutiva, acompanhado pelo presidente da AICEP, Miguel Frasquilho, são também aguardadas delegações ministeriais de Itália e África do Sul, de acordo com o Instituto para a Promoção de Exportações (Ipex) de Moçambique, entidade organizadora da feira, que prolonga até 06 de setembro

A embaixada de Itália em Maputo anunciou por seu lado a visita a Maputo do vice-ministro do Ministro do Desenvolvimento Económico, Carlo Calenda, à frente de uma delegação de 50 empresas do setor petrolífero e que, no total, o pavilhão transalpino terá 60 inscrições,

Também a França terá uma presença expressiva no evento deste ano, com 40 empresas, algumas das quais proveniente da Reunião e Mayotte, no seguimento da deslocação a Paris do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, logo após a visita de Estado a Portugal, a primeira que realizou fora do continente africano desde o início do seu mandato.

Apesar de um crescimento económico acima dos 7% nas últimas duas décadas, Moçambique atravessa momentos de incerteza devido ao atraso do arranque dos megaprojetos do gás natural, além da descida da cotação de matérias-primas, que tem atingido o setor do gás, a depreciação do metical face as principais moedas internacionais, a que se soma a ameaça de instabilidade política e militar com a oposição da Renamo.

"A economia é algo vivo e como tal ressente-se de qualquer ambiência ou envolvente, mesmo que seja uma perceção, mas acaba, de facto, por ser afetada", reconheceu à Lusa o presidente do Ipex, João Macaringue, acrescentando porém que, "apesar de alguma inquietação, "as coisas estão a acontecer, a vida continua a decorrer" e a Facim não se ressentiu.

A 51.ª edição a Facim decorre sob o lema "Promovendo o potencial económico de Moçambique", num momento em que o Governo empossado em janeiro aposta na diversificação do tecido económico moçambicano e na transformação dos produtos locais por via da industrialização.

Para João Macaringue, esse é também o caminho para reduzir o défice da balança comercial de Moçambique que, no caso de Portugal, é marcado por um forte desequilíbrio.

"A experiência que Portugal tem e a Europa em geral em desenvolvimento industrial é uma valência muito grande", afirmou, sustentando que cabe, por seu lado, ao executivo moçambicano criar um bom ambiente de negócios e deixar a iniciativa privada trabalhar, porque "a abertura é total" e a Facim é uma das formas de o fazer.

As exportações portuguesas para moçambique mais do que duplicaram em quatro anos para 318,5 milhões de euros em 2014, apesar de este ano ter representado uma ligeira diminuição face ao anterior.

As importações de bens moçambicanos representaram 34,9 milhões de euros no ano passado, sendo Portugal o 15.º cliente de Moçambique e seu 6.º maior fornecedor.

Portugal figura habitualmente no topo da lista dos principais investidores externos de Moçambique, ocupando em 2014 o quarto lugar da lista com 336 milhões de euros em 98 projetos autorizados, e é o país que cria mais emprego local, com 33 postos de trabalho por milhão de dólares investido, contra uma média de 16 dos outros países.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório