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Estado deixou de interferir nos negócios e "isso dói muito à oposição"

O presidente do PSD e primeiro-ministro defendeu hoje que as privatizações feitas nesta legislatura eram necessárias há anos e correram bem, e que o Estado deixou de interferir nos negócios, a contragosto da oposição.

Estado deixou de interferir nos negócios e "isso dói muito à oposição"
Notícias ao Minuto

14:45 - 07/07/15 por Lusa

Política Passos Coelho

"Havia em Portugal muito esta ideia de que o Estado servia para proteger as empresas, certas empresas. Hoje sabe-se que não é assim e, portanto, quem vem disputar o mercado sabe que não vai haver uma intervenção nem do ministro, nem do secretário de Estado, de nenhum membro do Governo, de ninguém influente junto da banca para evitar que certos negócios ou operações se possam concretizar ou que outras tenham mais probabilidade", declarou.

Pedro Passos Coelho, que falava no encerramento das jornadas parlamentares do PSD e do CDS-PP, no Clube Náutico de Alcochete, no distrito de Setúbal, acrescentou: "Na verdade, isto hoje dói muito às nossas oposições, porque gostariam que não fosse assim, não cabe no seu preconceito sobre esta maioria que seja assim".

Antes, o primeiro-ministro disse que o Governo PSD/CDS-PP fez "um conjunto de privatizações importantes que estavam previstas no memorando de entendimento" assinado em 2011 com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional.

"Há anos que sabíamos que era preciso fazer essas privatizações. Fizemo-las em boas condições", considerou.

Dirigindo-se àqueles que diziam que o executivo ia "vender ao desbarato as joias da coroa", Passos Coelho acrescentou: "Sabem hoje que com as privatizações alcançámos cerca do dobro do encaixe financeiro que estava previsto pelo anterior Governo.

"Se tivéssemos vendido por metade, como o PS deixou no memorando de entendimento, teríamos defendido melhor o interesse público e interesse do Estado?", questionou.

De acordo com o primeiro-ministro, o Governo PSD/CDS-PP não fez as privatizações "apenas porque era importante encaixe financeiro", mas também em nome do princípio de que o Estado não se deve "ter um Estado gestor de empresas".

"Salvo circunstâncias excecionais, há muito na economia quem saiba gerir empresas. O Estado tem outras tarefas mais importantes para realizar, desde logo as tarefas de assegurar verdadeira competição e lealdade na economia entre as empresas, não tendo empresas mais amigas e outras menos amigas ", advogou.

Segundo o presidente do PSD, "um Estado que seja isento e imparcial não pode andar envolvido nos negócios, tem de ter distância sobre eles, seja sobre as empresas não financeiras, seja sobre as empresas financeiras, e esse foi o Estado que foi mudando nestes anos também".

"É isto duradouro? Como tudo, depende de nós", concluiu.

[Notícia atualizada às 16h06]

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