"Governo aceitou participar ativamente numa farsa"
“O Governo aceitou participar ativamente numa farsa” quando acordou a venda da TAP ao consórcio Gateway, acusa a bloquista Mariana Mortágua.
© Global Imagens
Política Mariana Mortágua
No artigo de opinião que hoje assina no Jornal de Notícias, a deputada Mariana Mortágua tece, uma vez mais, críticas ao Executivo por ter levado a cabo uma privatização que coloca a TAP na mão de estrangeiros.
“O Governo diz que as regras europeias obrigaram à privatização da TAP. Mas as regras europeias também dizem que a TAP não pode ser gerida por um não-europeu. E o Governo não perguntou, não tentou, não quis saber. E aceitou participar ativamente numa farsa”, acusa a deputada do Bloco de Esquerda.
Na perspetiva da bloquista, “a Barraqueiro surge no negócio de compra da TAP apenas como teste de ferro do grupo norte-americano” Gateway. Isto porque “Humberto Pedrosa, a parte nacional do negócio, tem ações representativas de 51% do capital mas só vai injetar 5% do dinheiro na empresa”.
Além disso, explica Mariana Mortágua, “tem direito a 24,3% dos lucros e não poderá tomar decisões sem a aprovação do seu sócio norte-americano. Isto porque as suas ações, apesar de serem em maior número, são ‘ordinárias’ e as de Neeleman são de ‘categoria A’”.
Recorde-se que este domingo o Público deu conta de que especialistas levantaram dúvidas sobre a legalidade do negócio com a Gateway, dado que decisões estratégicas terão de ser aprovadas “pelo lado não europeu”.
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