Vitória do 'não' é uma “importante derrota para a UE e para o FMI"
Partidos portugueses já estão a reagir aos resultados da Grécia.
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Política João Ferreira
Numa primeira reação aos resultados do referendo grego, João Ferreira diz que vitória do ‘não’ é uma “importante derrota para a UE e para o FMI.
“O resultado constitui uma importante derrota para a UE e FMI e para todos os que funcionam segundo os interesses dos grandes grupos económicos e financeiros”, afirmou o líder do PCP.
E dito isto, lançou críticas aos governantes portugueses cuja “inaceitável postura mostra a sua clara posição de querer impor a sua politica de direita”, disse, referindo-se a Passos Coelho e a Cavaco Silva, a quem acusa de ter agir sem uma opinião formada.
“Adote uma atitude de defesa dos interesses nacionais”, apelou João Ferreira dirigindo-se ao Presidente da República.
O PCP deixou ainda um "alerta para o prosseguimento das manobras daqueles que, com a UE e o FMI, desrespeitando a vontade do povo grego, procurarão impor à Grécia, como impõem a Portugal, a dependência e o desastre económico e social", sublinhando que aquilo que se impõe é "o respeito da vontade uma vez mais expressa pelo povo grego".
João Ferreira reafirma ainda "a exigência ao Governo e ao Presidente da República de que, abandonando a sua atitude de submissão, adote uma política de defesa dos interesses nacionais".
O resultado, para os comunistas, "rejeita a continuação da política de exploração e empobrecimento que a UE e o FMI têm procurado impor" e é "tão mais significativo quando alcançado sobre a pressão de uma inadmissível e colossal operação de ingerência e de destabilização, promovida pela UE e o FMI contra o povo grego", ação que em Portugal "contou com a ativa participação do Governo PSD/CDS e do Presidente da República".
"O que a realidade mostra, a começar pelo nosso país, é que as políticas e instrumentos de dominação da UE são contrárias ao desenvolvimento e ao progresso económico e social e constituem inaceitáveis obstáculos ao desenvolvimento de políticas em favor dos legítimos interesses e aspirações dos povos", condenou ainda.
Para o eurodeputado do PCP é preciso que em Portugal se rompa com a política de direita e a "concretização de uma alternativa patriótica e de esquerda" pela qual o partido se vem batendo.
"Entre a chantagem, as imposições e as pressões feitas pela União Europeia e o direito de um povo ao desenvolvimento, é este último que deve prevalecer sobre as primeiras", enfatizou.
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