Protestos nas galerias geram críticas da maioria ao PCP
Várias pessoas protestaram hoje nas galerias do parlamento pelo chumbo de projetos de lei da posição para melhorar o regime de rendas apoiadas, tendo a maioria PSD/CDS-PP criticado os comunistas por terem convidado os manifestantes.
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Política Parlamento
Depois de o PSD e o CDS-PP terem chumbado as três propostas do PCP, BE e PS, cerca de uma dezena de pessoas presentes nas galerias levantaram-se gritando "a luta continua" e outras palavras de ordem, até serem retirados pela polícia.
O presidente da bancada do CDS, Nuno Magalhães, pediu a palavra para afirmar que a galeria em causa "é destinada a convidados dos grupos parlamentares" e perguntar "quem convidou, como convidou e quando convidou", admitindo levar o assunto a uma conferência de líderes extraordinária, tendo recebido fortes aplausos dos deputados da maioria.
De imediato, o líder parlamentar comunista, João Oliveira, assumiu o convite feito pelo seu grupo parlamentar, referindo que os convidados receberam "pessoalmente a indicação de que não podiam manifestar-se".
"Isto aconteceu e obviamente o grupo parlamentar do PCP tem de lamentar que isto tenha acontecido", afirmou, perante protestos audíveis das bancadas da maioria.
Já o deputado do PSD Hugo Soares apoiou a intervenção de Nuno Magalhães e criticou os comunistas por convidarem pessoas que "acabaram não só de se manifestar, mas de insultar os deputados eleitos democraticamente".
O social-democrata defendeu que este assunto deve merecer a "reflexão de todos os grupos parlamentares", nomeadamente na conferência de líderes.
A presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, frisou que "a vozearia é um direito dos deputados e está proibida às pessoas nas galerias" e manifestou-se contra as manifestações recorrentes nas galerias.
"Nunca senti que as manifestações no parlamento pudessem fazer bem ao parlamento, é sempre com grande mágoa, eu que amo a liberdade, que registo estas manifestações", disse.
Os projetos do PCP e do BE para alterar o regime de renda apoiada foram chumbados pela maioria, com a abstenção do PS.
Já o projeto dos socialistas mereceu também a oposição da maioria e a abstenção do BE.
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