Detenção é "embaraço monumental" para Costa e PS
Luís Marques Mendes não quis deixar de comentar a detenção de José Sócrates, que marca a agenda do dia de hoje. No seu comentário semanal no ‘Jornal da Noite’ da SIC, o social-democrata refere que a situação em que o ex-primeiro-ministro está envolvido afeta não só o Partido Socialista (PS), como também António Costa.
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Política Marques Mendes
Sem querer entrar em comentários pessoais e apelando à prudência para evitar “precipitações”, Luís Marques Mendes foca a detenção de José Sócrates no impacto que terá não só no Partido Socialista (PS) como também na candidatura de António Costa à liderança ‘rosa’ e ao cargo de primeiro-ministro.
No seu comentário semanal na SIC, o social-democrata diz que “evidentemente” a detenção terá “consequências políticas e [trará] perturbações para o PS”. “Para António Costa e para o PS é um enorme embaraço e um sarilho monumental”, diz o comentador, que destaca o facto de ter ocorrido “no dia em que António Costa é eleito [secretário-geral do PS]”.
“Não podia ter pior prenda”, refere, sublinhando que “a eleição dele [nas primárias frente a António José Seguro] foi, em grande medida, marcada por José Sócrates”. “Ferro Rodrigues quase ressuscitou politicamente Sócrates. Era um embraço que Costa queria evitar”, destaca.
Quando questionado sobre a reação de António Costa à detenção de José Sócrates no aeroporto da Portela, em Lisboa, Marques Mendes classifica-a como “corretíssima” e “própria de quem tem sentido de Estado”, pois soube, a seu ver, apelar às pessoas a não “confundir amizade com justiça”.
“Quem quer ser primeiro-ministro só podia ter esta reação”, comenta.
Contudo, Marques Mendes volta a referir o impacto que a detenção e interrogatório a José Sócrates podem vir a ter em António Costa. “Vai ter que antecipar a substituição de socráticos. Se apresenta uma direção que é uma espécie de conselho de ministros de Sócrates obviamente que estraga as coisas”.
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