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"Não havia argumentos para um aumento de impostos"

Marcelo Rebelo de Sousa comentou este domingo, na TVI, o Orçamento Retificativo e um possível aumento de impostos, referindo que o Governo não tinha ?argumentos? para justificar uma medida destas porque tinha ?folga? orçamental. Entre outros temas, o antigo líder social-democrata abordou ainda a situação do Novo Banco, defendendo que a venda do banco deve realizar-se rapidamente e pelo maior valor possível.

"Não havia argumentos para um aumento de impostos"
Notícias ao Minuto

21:49 - 31/08/14 por Notícias Ao Minuto

Política Marcelo

“A boa notícia do não aumento dos impostos foi confirmada. Nem havia argumento para o fazer, uma vez que havia folga orçamental. A grande dúvida surge quanto ao ano que vem. Os portugueses estão a pagar muitos impostos. Toda a gente diz que nunca se pagou tantos impostos em Portugal. É de esperar, no futuro, que o corte de despesas venha a permitir o desagravamento dos mesmos. Portanto, houve boas notícias, no crescimento, desemprego e impostos”, afirmou este domingo Marcelo Rebelo de Sousa relativamente ao anúncio do Orçamento Retificativo, mas também ao facto de não serem anunciadas medidas adicionais por parte do Governo.

Porém, o comentador da TVI referiu ainda que, caso não tivesse havido derrapagem nas contas de diversos ministérios, poderíamos ter tido melhores notícias e, porventura, chegar ao final do ano abaixo dos 4%.

“Se no défice não tem havido a derrapagem que houve, que não é apenas do Tribunal Constitucional, o Governo poderia ter dado mais boas notícias. Então podíamos ter apontado para um défice no final deste ano melhor do que estava previsto. Infelizmente houve em vários ministérios derrapagem orçamental. Foi por isso que a ministra mandou controlar despesas. Não é possível aumentar mais impostos”, conclui sobre este tema.

Já sobre o Novo Banco, liderado por Vítor Bento, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que se mantém a orientação dada pelo Governo de se tentar uma venda rápida, isto apesar de se poder vender o banco na sua totalidade ou parcialmente a vários interessados. Neste ponto, diz, o essencial é garantir que seja vendido pelo maior valor possível.

“O que o governador do Banco de Portugal reafirmou a orientação do Governo. Eu defendo uma venda rápida. Há a hipótese de venda a um comprador ou a vários. Na altura terá de se ver o que será melhor para os portugueses. Há, potencialmente, investidores interessados. Já o tinham manifestado. O fundamental é que haja quem dê um valor, em conjunto ou sozinho, próximo dos 4,9 mil milhões de euros”, atirou.

Noutro ponto, comentando a luta interna no Partido Socialista, Rebelo de Sousa disse ter assistido de forma positiva à apresentação de uma proposta por parte de António José Seguro quanto à reforma do sistema eleitoral, mas lamentou a perda de tempo dos dois candidatos quanto a questões menores e internas do partido.

“O debate entre António Costa e Seguro tem sido muito frústulo. Se em vez de se discutir cadernos eleitorais e problemas internos do PS, conseguíssemos pôr Costa e Seguro a discutir entre eles problemas nacionais, era melhor”, atirou sem se alongar muito sobre a data de marcações dos debates televisivos previstos entre os dois e anunciados a passada semana.

Para terminar sobre os problemas que se têm vivido na TAP, o antigo dirigente social-democrata afirmou que não é bom para a empresa estar sempre nas notícias, sobretudo porque está em vias de ser privatizada. “Que a TAP está a sair mal vista no retrato é verdade. Isto não é bom porque está próxima a privatização. Se se quer ganhar dinheiro o pior que se pode fazer é tentar vender uma empresa que começa a ter problemas por todos os lados e a romper pelas costuras. Isso embaratece o produto. A TAP que estamos a ter neste momento não corresponde à TAP que criou reputação lá fora”, concluiu.

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