"Nem em pesadelos se imaginaria" pena de 17 anos
Primeiro ilibada, depois condenada. "Não há prova nova, são exatamente os mesmos factos, com outra decisão", garante a advogada da inspetora da PJ acusada de homicídio.
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País Justiça
Ana Saltão “quase não acreditava” quando soube que o Tribunal da Relação de Coimbra decidiu condená-la a 17 anos de prisão, considerando que foi a autora do homicídio de Filomena Gonçalves, avó do seu marido, em 2012.
A advogada Mónica Quintela disse ao Diário de Notícias que a decisão é "surpreendente, nem nos piores pesadelos se imaginaria", pelo que a Inspetora da Polícia Judiciária ficou “incrédula" ao ouvir a Relação.
A inspetora esteve em prisão preventiva mas o júri acabou por absolvê-la em 2014. Agora "não há prova nova, são exatamente os mesmos factos, com outra decisão", comentou a advogada.
"Não há nada de anormal [numa mudança de decisão] Não é muito frequente acontecer mas está previsto e é absolutamente normal na vida dos tribunais", garantiu ao DN o juiz Rui Rangel.
Ao crime de homicídio qualificado foram atribuídos 16 anos de cadeia e quatro anos a um crime de peculato, relativo ao furto de uma arma Glock na PJ, resultando numa pena de 17 anos por cúmulo jurídico.
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