Urgências nas mãos de internos sem supervisão com dias contados
A falta de recursos humanos nos hospitais de todo o país está a originar situações em que são os internos, isto é, médicos que ainda estão a tirar a especialidade, que estão responsáveis pelas urgências e a trabalharem sozinhos. Segundo o Diário de Notícias, a Ordem dos Médicos está a preparar um documento onde explicita as regras para as urgências.
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País Saúde
Um pouco por todo o país, existem casos em que os internos fazem vários turnos de 24 horas por semana, mas não só. Estes médicos, que ainda estão a tirar a especialidade, têm sido deixados sozinhos nos serviços de urgências a atender pacientes sem supervisão, revela esta segunda-feira o Diário de Notícias.
Uma das queixas de que aquela publicação dá conta é a de dois internos que foram deixados a trabalhar sozinhos na urgência de psiquiatria do Hospital de Santa Maria. Havia apenas um médico de prevenção, mas que não assumia qualquer responsabilidade.
O presidente da secção do Sul da Ordem dos Médicos explicou ao Diário de Notícias que estas situações acarretam “risco de exaustão e maus diagnósticos”, além de problemas para os próprios internos que estão em início de carreira. “Se um interno não se protege pode até ser afastado da profissão e estragar a sua vida”.
Miguel Guimarães, da secção Norte da Ordem dos Médicos, referiu que “os internos acabam a fazer para lá das 24 horas legais, muitas vezes a garantir urgências fora da especialidade, como define o regulamento”.
Para pôr cobro a estas situações, a Ordem dos Médicos está ultimar um documento que vai definir o número de especialistas necessários numa urgência e ainda regras para os internos e para cada especialidade. Este documento, refere o Diário de Notícias, deverá estar pronto até ao final do ano.
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