Brittany decidiu morrer a 1 de novembro e uma médica não gostou
A sua história foi conhecida no início deste mês. Falamos de Brittany Maynard, uma doente terminal, que escolheu o dia da sua morte. Algo tornado público e, entretanto, alvo de críticas de uma médica que é contra a possibilidade de o próprio doente pôr termo à sua vida. Brittany já respondeu.
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Mundo Polémica
Soube no início deste ano, com 29 anos, que tem um tumor cerebral em fase terminal e que lhe restavam apenas seis meses de vida. Pelo direito à escolha por parte dos doentes terminais da forma como querem morrer, Brittany Maynard está a dedicar os seus últimos dias de vida a ajudar quem quer tomar esta opção, e já escolheu até a data da sua morte: 1 de novembro.
A sua história tornou-se do conhecimento público com a revelação de uma carta na CNN. Algo que permitiu, nos últimos dias, à médica Ira Byock comentar o caso e manifestar que se opõe a leis que permitam aos pacientes decidir como querem morrer, conta a NBC News.
Responsável pelo Instituto de Cuidados Paliativos de Torranca, na Califórnia, Ira Byock afirmou: "O meu coração está com Brittany Maynard” mas “quero assegurar às pessoas que ela teria excelentes cuidados e que lhe seria assegurada uma morte suave, rodeada da sua família". Além disso, contestou a médica, a situação de Brittany estará a ser "explorada mediaticamente".
Em resposta, refere a NBC News, Brittany negou estar a ser alvo de qualquer exploração mediática, garantindo que a escolha que fez foi apenas sua e que tem “direito a mudar de ideias a qualquer momento”. “Enquanto doente terminal, considero perturbador e desrespeitoso quando as pessoas discutem a minha saúde com pormenores que não são rigorosos, para seguir uma agenda”, acrescentou Brittany no site da rádio para o qual a médica prestou declarações.
“Não sou suicida. Se fosse, já tinha consumido a medicação há muito tempo. Eu não quero morrer. Mas estou a morrer. E quero que seja à minha maneira”, escreveu esta doente há uns dias na carta publicada pela CNN.
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