Meteorologia

  • 26 ABRIL 2024
Tempo
17º
MIN 12º MÁX 17º

Lobos também são sensíveis ao contágio dos bocejos

Um grupo de investigadores da universidade de Tóquio constatou que os lobos também são sensíveis ao contágio dos bocejos, o que poderá estar relacionado com a sua capacidade de empatia.

Lobos também são sensíveis ao contágio dos bocejos
Notícias ao Minuto

21:37 - 27/08/14 por Lusa

Mundo Estudo

Esta é a principal conclusão de um estudo que foi publicado na revista Plos One e em que participou a espanhola Teresa Romero, que é investigadora naquela universidade japonesa.

Para realizar este trabalho, os investigadores seguiram 12 lobos - seis machos e seis fêmeas - do jardim zoológico Tama, em Tóquio, durante cinco meses.

Na sua observação, os investigadores analisaram os lobos que bocejaram em primeiro lugar e a reação dos que se encontravam num raio de dois metros.

O objetivo era comprovar se os lobos que estavam próximos bocejavam ou não nos três minutos seguintes, detalhou à agência Efe Teresa Romero, em resposta por escrito.

Perante as observações, concluiu-se que "nos lobos, tal como nos humanos e cães, os vínculos sociais aumentam a sensibilidade de contágio de bocejos", adiantou a investigadora espanhola.

Outra das conclusões deste estudo é que as fêmeas reagem muito mais rápido que os machos ao bocejo, embora a frequência total seja igual para ambos, acrescentou.

Isto sugere que as fêmeas são mais sensíveis aos estímulos em seu redor (nos humanos não foi detetado nenhuma diferença entre homens e mulheres em resposta aos bocejos).

Os autores do artigo sublinham que, apesar da pequena amostra de lobos observados, os resultados proporcionam uma "primeira evidência" de que o contágio do bocejo pode estar relacionado com a capacidade dos lobos para a empatia e sugere que os mecanismos de esta poderá ser aplicada em mais espécies do que aquelas que se pensava até agora.

Romero explicou que a empatia é um conceito muito amplo que abarca desde formas básicas, como o contágio emocional, a formas mais complexas apenas descritas em humanos.

As formas menos complexas foram detetadas em distintas espécies de animais, desde chimpanzés a ratos.

Por exemplo, recentemente foi documentado a sensibilidade dos cães ao bocejo quando estão expostos a um bocejo de um humano, mas não é clara se esta capacidade tem raízes na evolução destes animais ou se está relacionada com a sua domesticação.

"Nos lobos, assim como em primatas e cães, o bocejo é contagiante, especialmente naqueles que mantêm estreitos vínculos sociais. Os resultados sugerem que o contágio dos bocejos é uma característica ancestral compartilhada por outros animais e tais habilidades revelam uma conexão emocional entre os indivíduos", concluiu Romero.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório