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OMS anuncia fundo de 100 milhões de dólares para combater ébola

A Organização Mundial de Saúde (OMS) lança sexta-feira um fundo de 100 milhões de dólares (74,6 milhões de euros) para dar resposta ao surto do Ébola na Libéria, Serra Leoa e Guiné Conacri, anunciou hoje aquela agência da ONU.

OMS anuncia fundo de 100 milhões de dólares para combater ébola
Notícias ao Minuto

19:00 - 31/07/14 por Lusa

Mundo Surto

O anúncio do lançamento do fundo foi feito na véspera de uma reunião da diretora geral da OMS, Margaret Chan, com os Presidentes dos países afetados pelo Ébola, com quem vai debater as formas de combater a febre hemorrágica causada pelo vírus Ébola, que matou já 729 pessoas na Guiné-Conacry, Libéria, Nigéria e Serra Leoa, com 57 óbitos em apenas quatro dias.

Desde a eclosão do surto, a OMS registou 1.323 casos.

Em comunicado, a diretora geral da OMS considerou que "a escala do surto de Ébola e a ameaça persistente que representa requer da OMS, da Guiné, Libéria e Serra Leoa elevar a resposta a um novo nível. E isso vai exigir mais recursos, perícia médica, preparação e coordenação regional".

Segundo aquela agência das Nações Unidas, a diretora-geral da OMS e outros responsáveis do organismo continuam a manter discussões com os doadores, parceiros do desenvolvimento e organizações internacionais para acelerar a resposta ao atual surto de Ébola.

O foco da discussão, segundo a OMS, está centrada na necessidade de implementar rapidamente recursos humanos e financeiros adicionais que ajudem a travar a transmissão e, consequentemente, o surto da doença.

Medidas estão em andamento nos quatro países, com o objetivo de reforçar todos os aspetos de resposta ao surto da doença, como investigações epidemiológicas, rastreamento da infeção, informação pública e mobilização da comunidade, gestão de casos, prevenção e controle de infeção, coordenação e segurança do pessoal.

A OMS e seus parceiros, como o Instituo Pasteur e outros, continuam a trabalhar com o centro de coordenação sub-regional para o surto do Ébola (SEOCC), em Conacry, para acelerar o controlo da epidemia.

A OMS continua a não recomendar as restrições de viagens e comércio aos quatro países afetados pela epidemia.

A comunidade internacional já começa a preocupar-se com a extensão do surto de Ébola, como um perigo real, e o Governo britânico já realizou na quarta-feira uma reunião de emergência para avaliar a ameaça.

A doença -- que se transmite por contacto direto com sangue e fluídos corporais de pessoas ou animais infetados -- causa hemorragias graves e pode ter uma taxa de mortalidade que chega aos 90 por cento.

Esta é a primeira vez que se identifica e confirma-se uma epidemia de ébola na África Ocidental, pois até agora sempre aconteceram na África Central.

Depois de algumas companhias aéreas suspenderem os seus voos para os países atingidos pelo surto de Ébola, a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), a Associação do Transporte Aéreo Internacional (IATA) e a OMS estão a considerar propor uma revisão das disposições relativas à inspeção/controlo de passageiros, divulgou hoje a OACI.

A OMS está a examinar estas medidas e também pretende solicitar contribuições da Organização Mundial do Turismo (OMT) e do Conselho Internacional de Aeroportos (ACI).

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