CTT "obrigados" a respeitar lei sobre branqueamento de capitais
O presidente dos CTT, Francisco de Lacerda, afirmou hoje que os Correios de Portugal são "obrigados" a respeitar a lei sobre branqueamento de capitais e desvalorizou as questões colocadas em torno da corrida aos certificados de aforro, em janeiro.
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"Os CTT são obrigados a respeitar a regulamentação das leis que tratam do branqueamento de capitais e, obviamente, que o fazem e fazem-no com naturalidade e com a normalidade em todas as suas atividades financeiras. Referem às autoridades responsáveis aquilo que é suposto referir, tem regras bem claras, de fiscalização e auditoria. Eu não acho que haja nada de relevante nesta fase", disse Francisco Lacerda aos jornalistas à margem da apresentação de resultados dos CTT.
A posição do presidente dos Correios surge na sequência de declarações à Antena 1 e ao Jornal de Negócios da eurodeputada socialista Ana Gomes que questiona se houve branqueamento de capitais na corrida aos certificados em janeiro, admitindo que uma parte do montante investido pode ter servido para lavagem de dinheiro, e avança que vai alertar a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) para a questão.
Já esta manhã, no parlamento, a presidente da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) disse acreditar que as regras de prevenção de branqueamento de capitais foram cumpridas na corrida aos certificados em janeiro.
Confrontada pelos jornalistas sobre esta posição, Cristina Casalinho recordou que há dois canais de subscrição dos Certificados de Aforro e de Tesouro: através do 'homebanking' do IGCP e pelos CTT.
"Há um contrato que o IGCP tem com os CTT que assegura que os CTT cumprem com as regras de [prevenção de] branqueamento de capitais que o Banco de Portugal recomenda", disse.
"Acredito que todo o processo foi conduzido com as maiores das lisuras e que, portanto, as regras foram cumpridas", afirmou a presidente do IGCP.
O Estado arrecadou quase dois mil milhões de euros em Certificados de Aforro e do Tesouro em janeiro, antes de o Governo ter alterado as taxas de rendibilidade destes produtos de poupança, a partir de fevereiro.
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