"É ponto de honra ter menos de 3% de défice em 2015"
Pedro Passos Coelho, em entrevista à RTP1, garantiu que é “ponto de honra para o Governo ter menos de 3% de défice em 2015”, afirmou que entende que a carga fiscal é muito elevada, mas que, sem fazer défice, apenas é possível reduzir imposto reduzindo despesa.
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Economia Orçamento
Pedro Passos Coelho garantiu esta quinta-feira, em entrevista à RTP1, que o Governo está empenhado em cumprir a meta de 2,7% de défice para 2015, e que apesar de a Comissão Europeia ter uma perspetiva orçamental diferente da do Governo, nomeadamente na “perspetiva de que a receita fiscal esteja colocada num patamar mais ambicioso do que aquele que a realidade pode vir a mostrar”, acredita no Orçamento e nas previsões do Executivo que lidera.
“Estamos convencidos com as previsões com que estamos a trabalhar. Se não estivéssemos estaríamos a alterar o Orçamento e não o alteramos”, admitiu Passos Coelho, lembrando ainda que “as previsões da Comissão Europeia já falharam no passado”.
Garantindo que é “ponto de honra ter menos de 3% de défice em 2015”, Passos Coelho diz que é assim porque só assim Portugal consegue sair do “procedimento por défice excessivo e por isso ganhar mais credibilidade externa e lutar por taxas de juro mais baixas”.
“Estamos convencidos que as nossas previsões estão bem alicerçadas e que cumpriremos a nossa meta. Acho que não há motivos para pôr isso (défice 2,7%) em dúvida”, asseverou o primeiro-ministro referindo que se estas não se verificarem “ajustaremos a estratégia orçamental”.
Neste ponto, questionado sobre um possível aumento de impostos para fazer face a uma eventual derrapagem orçamental, o chefe do Executivo explicou que falar num cenário desse género nesta altura era admitir que não acredita nas previsões feitas e que isso daria um sinal errado externamente.
Lembrando que houve um corte de 11 mil milhões de euros na despesa desde que a coligação assumiu a liderança do país, Passos Coelho voltou a lembrar as decisões do Tribunal Constitucional contra as propostas do Governo. “Seria mais o contributo da despesa se algumas das medidas que propusemos tivessem outra conformação jurídico-constitucional”.
Por fim, dizendo que em Portugal a carga fiscal é “muito elevada”, o governante laranja garantiu que para fazer baixar os impostos pagos pelos portugueses é necessário “reduzir a despesa. Isso é o que eu venho dizendo. Para reduzir os impostos, sem défice, temos de reduzir a despesa”, terminou.
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