"Este é um orçamento deprimente, que não acredita na retoma"
Miguel Sousa Tavares adiantou, no seu espaço de comentário no Jornal da Noite da SIC, que o Orçamento do Estado para 2015 ?não tem nenhuma perspetiva de políticas económicas para o futuro nem para as gerações que vêm a seguir?. O comentador acrescentou, ainda, que a Fiscalidade Verde é um pretexto para "criar mais impostos".
© Global Imagens
Economia Miguel Sousa Tavares
“É um orçamento particularmente deprimente, dá todos os passos errados, aliás nem chega a apostar na retoma, este Governo nem sequer acredita na retoma”, afirmou Miguel Sousa Tavares, esta segunda-feira, no seu espaço de comentário no Jornal da Noite da SIC.
O comentador defendeu, ainda, que “os 1,5% de PIB que prevê para o próximo ano é um ‘romance’ e uma ‘ficção’”, fazendo referência às próprias expressões usadas pelo primeiro-ministro, ao final da tarde desta segunda-feira, para descrever as polémicas em torno do Orçamento do Estado para 2015.
Sousa Tavares sublinhou que “os cortes que faz nunca são cortes estruturais na máquina do Estado”, acrescentando que “amanhã pode-se retomar os mesmos gastos”.
“Paradoxalmente vai cortar na Educação e na Ciência, na Agricultura ou no Mar, ou seja, é um orçamento que não tem nenhuma perspetiva de políticas económicas para o futuro nem para as gerações que vêm a seguir”, acrescentou o escritor.
Quando questionado sobre a Fiscalidade Verde, Miguel Sousa Tavares disse acreditar que se trata de um “embuste”, pois “usa-se o ambiente para criar mais impostos”.
Para o comentador, para este género de impostos ser justo “não só tinha que ter penalizações mas também tinha que ter prémios”, uma situação que não se verifica uma vez que o Estado “tirou todos os incentivos às energias renováveis”.
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