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"Quem domina os bancos chega a todo o lado"

A afirmação pertence ao fundador do BCP, Jorge Jardim Gonçalves, que em entrevista ao jornal i, publicada na edição deste fim de semana, sobre o tema central do 25 de Abril, considera que “infelizmente, nacionalizando a banca, tomou-se conta do tecido empresarial” e “hoje acontece o mesmo, quem domina os bancos chega a todo o lado”. Mais concretamente sobre a revolução dos Cravos, o banqueiro diz que “já teve o seu momento”, sublinhando que “Portugal é suficientemente maduro para desenvolver os

"Quem domina os bancos chega a todo o lado"
Notícias ao Minuto

08:16 - 19/04/14 por Ana Lemos

Economia Jardim Gonçalves

Em abril de 1974, Jorge Jardim Gonçalves era ainda estudante de Engenharia na Universidade de Coimbra e, à data, estava preocupado, conta hoje o jornal i, na contratação de uma orquestra estrangeira para atuar na queima das fitas. Já era casado e pai de cinco filhos. Só anos mais tarde fundaria o BCP.

Num balanço da Revolução dos Cravos, o banqueiro afirma que “infelizmente, nacionalizando a banca tomou-se conta do tecido empresarial”, algo que, sublinha, “hoje acontece, quem domina os bancos chega a todo o lado (…) isso repete-se a todos os momentos quando não há democracia, o poder tende a absorver a decisão mesmo no privado”.

“A banca estava bem e era o momento para poder avançar para outras áreas, pra outros pontos, não tinha fragilidades. (…) Mas as coisas aceleraram, o Estado não veio ajudar em nada, só deu poder aos políticos.

Questionado sobre as consequências do 25 de Abril de 1974, Jardim Gonçalves considera tratar-se de um “tema que está acabado, já teve o seu momento. Parece-me bem que se recorde e sirva de reflexão para fazer melhor. Mas Portugal é suficientemente maduro para ter tido o 25 de Abril e desenvolver outros caminhos”.

Além disso, refere, “houve muitas oportunidades que foram dadas a Portugal, nos anos 80, para que o tecido empresarial voltasse a ser forte. Evoluímos muito na energia, nas comunicações, na banca, nos acessos. O país progrediu muito nos últimos 30 anos” mas, admite, “podíamos estar mais à frente”. Como? “Podíamos ter tratado as colónias de outra maneira, ter aceitado a democracia para um desenvolvimento mais global, antes da globalização imposta. Podíamos ter aproveitado para atrair investimento porque o stock de capital foi sempre escasso”.

Jardim Goncalves afirma ainda, nesta entrevista ao jornal i, que as offshores “são veículos perfeitamente definidos, praças legais, supervisionadas, com regras preestabelecidas”, pelo que, sustenta, “é um problema nosso. A legislação é a que fizemos”.

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