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Escrita íntima entre Vieira da Silva e Arpad Szénes em exposição

A correspondência íntima, sobretudo gráfica e alguma inédita, trocada entre Maria Helena Vieira da Silva e o marido, Arpad Szénes, vai ser exposta, a partir de 17 de julho, no Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra.

Escrita íntima entre Vieira da Silva e Arpad Szénes em exposição
Notícias ao Minuto

12:50 - 05/07/15 por Lusa

Cultura Coimbra

Fonte da Fundação Arpad Szénes-Vieira da Silva (FASVS) indicou à agência Lusa que a exposição ‘Escrita íntima’ é baseada na mostra apresentada em Lisboa, entre fevereiro e abril do ano passado, tendo sido "remodelada para ser adaptada ao espaço" do Museu Machado de Castro.

Foram feitas algumas alterações ao formato da mostra, que é mais pequena, segundo a mesma fonte, indicando que serão apresentadas ainda quatro importantes pinturas de Vieira da Silva, na Capela do Tesoureiro, no museu.

A mostra, apresentada no âmbito da programação do 7.º Festival das Artes, revela, através de desenhos, cartas e pinturas, a história do grande amor entre os dois artistas, que se conheceram em Paris.

Com curadoria de Marina Bairrão Ruivo, diretora do Museu Arpad Szénes - Vieira da Silva, a exposição é produzida em parceria com a FASVS, a Fundação Inês de Castro e o Museu Nacional de Machado de Castro.

A maioria das peças são desenhos, testemunhos e retratos um do outro e da sua intimidade, "rastos de um enamoramento que passava da vida para a obra", segundo um texto da Fundação sobre esta mostra de obras pouco conhecidas, algumas inéditas.

O percurso atravessa os primeiros anos da vida em comum dos artistas, com produção artística anterior e posterior ao casamento, em 1930, até ao exílio para o Brasil, em 1940, onde viveram sete anos, no Rio de Janeiro.

Também é focado o período do pós-guerra e o regresso do casal à Europa. Vieira da Silva era portuguesa e Arpad Szenes húngaro.

"As cartas que acompanham a exposição, escritas num francês, estrangeirado, revelam uma linguagem peculiar, com códigos e léxicos próprios", indica a Fundação sobre a correspondência.

A exposição é também resultado de um projeto, apoiado pela Fundação EDP, que consistiu na leitura, transcrição e edição da correspondência.

Este trabalho, segundo a FASVS, "foi fundamental para a compreensão do quotidiano e decifração da esfera íntima dos artistas, da forma como essa intimidade absorveu o espírito do tempo". "São documentos com um valor biográfico significativo, que favorecem o conhecimento da personalidade de ambos e que ajudam à compreensão da produção artística apresentada".

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