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Festival assume-se como "barómetro" das artes performativas

O Festival Materiais Diversos, a decorrer a partir de dia 18 em dois fins de semana alargados, em Minde, Alcanena, Torres Novas e Cartaxo, apresenta "um grande equilíbrio entre programação nacional e internacional", disse à Lusa o diretor artístico do FMD.

Festival assume-se como "barómetro" das artes performativas
Notícias ao Minuto

19:20 - 01/09/14 por Lusa

Cultura Materiais Diversos

"Quisemos fazer esse balanço, trazendo seis espetáculos de nacionalidades diferentes -- Itália, Equador/Bélgica, Brasil, França, Tunísia, Marrocos" e outros tantos portugueses, disse Tiago Guedes à Lusa.

Com "A Casa do Campo", da Capicua (a rapper que atuará no dia 26 na Fábrica de Cultura, em Minde), a servir de "alegoria" e mote ao 'trailer' de apresentação do festival, o FMD assume-se como "referência dos festivais nacionais e internacionais", com vários programadores estrangeiros a marcarem presença "para saberem o que está a ser feito em Portugal" em matéria de artes performativas.

"Ao longo dos anos o festival tornou-se um barómetro. Há uma grande curiosidade dos programadores nacionais e internacionais em virem descobrir o que apresentamos a nível nacional -- normalmente são espetáculos em estreia ou que acho interessante os programadores descobrirem", disse Tiago Guedes à Lusa.

Isso permite que o festival se torne "uma ferramenta muito importante para os artistas, porque ao serem vistos aqui podem ser apresentados noutros países e o seu trabalho pode ganhar uma outra dimensão", acrescentou.

Tiago Guedes destacou a forte ligação às pessoas da região, uma "imagem de marca" do festival, não só pelos projetos artísticos feitos com a comunidade -- como o que está a decorrer desde junho nas fábricas de curtumes do Grupo Carvalho e de onde sairá o espetáculo de abertura -, mas também no acolhimento aos artistas -- há 40 famílias parceiras -, e na ajuda no bar, na confeção de alimentos.

"É uma espécie de festa da terra mas à volta das artes performativas. Isso é muito interessante".

Também a geração de jovens que ao longo de cinco edições "cresceu com o festival" mantém uma forte ligação a um evento que os faz querer estar nas suas terras em setembro, disse, destacando o projeto "Barrigada" que este ano vai permitir que cerca de 20 jovens, enquadrados por formadores, experienciem "por dentro" todos os espetáculos.

Com um orçamento de 119 mil euros, o FMD só é possível graças a um acordo tripartido assinado em 2013 entre a Associação Materiais Diversos, a Direção Geral das Artes e as Câmaras Municipais de Alcanena, Torres Novas e Cartaxo, a vigorar até 2017, contando ainda com apoios europeus.

As entradas custam seis euros (quatro para grupos), existindo descontos e passes (total 37 euros, fim de semana 18 euros e para três espetáculos 15 euros).

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